quarta-feira, 18 de julho de 2012

A Flor do Maracujá

Pelas rosas, pelos lírios
Pelas abelhas, sinhá
Pelas notas mais chorosas
Do canto do sabiá
Pelo cálice de angustia
Da flor do maracujá

Pelo jasmim, pelo goivo
Pelo agreste manacá
Pelas gotas do sereno
Nas folhas do gravatá
Pela coroa de espinhos
Da flor do maracujá

Pelas tranças da mãe d'água
Que junto da fonte está
Pelos colibris que brincam
Nas alvas plumas do ubá
Pelos cravos desenhados
Na flor do maracujá

Pelas azuis borboletas
Que descem do Panamá
Pelos tesouros ocultos
Nas minas do Sincorá
Pelas chagas roxeadas
Da flor do maracujá

Pelo mar, pelo deserto
Pelas montanhas, sinhá
Pelas florestas imensas
Que falam de Jeová
Pela lança ensanguentada
Da flor do maracujá

Por tudo o que o céu revela
Por tudo o que a terra dá
Eu te juro que minh'alma
De tua alma escrava está
Guarda contigo este emblema
Da flor do maracujá

(Fagundes Varela)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Só o conhecimento SALVA!

No espírito das ideias que merecem ser espalhadas, o TEDx é um programa de eventos locais sem fins lucrativos, organizados de forma independente, que reúne pessoas para dividir uma experiência ao estilo TED. Num evento TEDx, TEDTalks gravados em vídeo e palestrantes ao vivo combinam-se para acender uma profunda discussão e conexão e um pequeno grupo. Estes eventos locais e auto-organizados recebem o selo TEDx, onde x = evento TED organizado de forma independente. A Conferência TED provê uma linha comum para o programa TEDx, mas eventos TEDx individuais são auto-organizados. 

 
Marcelo Tas reflete sobre a mudaça de meios de comunicação que ocorreu desde a sua infância e nos mostra como é poderosa a grande rede de informações a qual hoje estamos conectados. Ela nos permite trocarmos informações em âmbito mundial, possibilitando a consciência do tempo real mundial a que estamos imersos.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Homenagem do amigo Alcides!

Quem Será???

Sorrateiro, maneiro e perspicaz,
Contumaz em causar sustos e risos,
Caricaturista de improviso,
Chega perto, cutuca e pula fora,

No aperto, disfarça e vai-se embora,
Ignora protestos e clamores.
Seus amigos são admiradores,
De sua gentileza com as meninas

Faz seresta e piadas na surdina,
Sempre amigo e fiel correspondente
Mais parece mineiro previdente
O coveiro que tome os seus cuidados

Pois o cara é por demais prendado,
Gente fina educado e atencioso,
Muito mais que isto, é impetuoso, 
Pois nas vendas é sempre admirado.

Abraços  aos leitores!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Peixe Grande!

Ontem assisti o filme "Big Fish" de Tim Burton. Um filme aparentemente desprentencioso, mas que prendeu bastante minha atenção. 
Edward Bloom, o personagem principal, interpretado por Ewan McGregor, narra a trajetória de sua vida em meio a um mundo fabuloso, cheio de personagens fantásticos e ao mesmo tempo cativantes. No plano de fundo, o filme mostra a relação conturbada de Edward Bloom com seu filho Will Bloom, que cresceu ouvindo as peripécias do pai, sem saber de fato se o que ouvira era veradade ou meros devaneios de um velho contador de histórias. 
Ficção ou não, o filme nos leva a um grande dilema: - O que realmente importa na vida?  
Peixe Grande, além das muitas histórias, era um homem de muitos sonhos e correu como ninguém em busca de suas realizações. 
Big fish na verdade é uma bela fábula que bate de frente em nosso modo de ver, viver e sentir o mundo  a nossa volta. Acreditar em algo não é a certeza de que as coisas sairão como planejadas, entretanto, é o primeiro passo de vários.

Já disse Fernando Pessoa: "O Homem é do tamanho do seu sonho."



"Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura..."
(Alberto Caeiro)


sábado, 3 de março de 2012

Amor libertário é amor incondicional...

Simone de Beauvoir e Jean Paul-Sartre construíram a mais bela lenda filosófica de amor de todos os tempos. Embalados na elevação intelectual, essa relação durou cinqüenta anos, essencialmente definida em termos de liberdade e transparência.
Entre o dualismo Kantiano de verdades necessárias e verdades contingentes, Sartre afirmava que o amor entre eles era um amor necessário, convindo que conhecessem amores contingentes, ao passo que, acredito de fato, somente os tornavam mais unidos em seus emaranhados de eternas conquistas e companheirismo nas superações intelectuais.
Nos apelos da sociedade moderna, seguimos a olhos cerrados um amontoado de preceitos pouco dialéticos, cujos ditos por moral e aceitação social, nos deixando à mercê do esquecimento sobre os verdadeiros valores que nos tocam.
O verdadeiro amor não é moral e sim ético, o mesmo existe em liberdade, com maturidade suficiente para evitar os desgastes que reduzem a existência em possessividade.
Simone de Beauvoir e Sartre

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Toda forma de Amor...

Imagine seu relacionamento afetivo como um terreno que primeiro você lança as fundações, depois vai erguendo andar por andar de um prédio. Digamos que um arquiteto lhe mostrasse a planta de um outro prédio lindíssimo. Destruir a construção anterior para “testar” como ficaria a outra construção não seria uma solução muito lógica, não obstante as pessoas fazem isso o tempo todo com seus emocionais. Depois do 5º. andar, já lhes falta ânimo para construir os outros andares. Demolem tudo, amargam um alto preço por isso e começam das fundações novamente.
Será que não seria possível, construir dois, três, quatro prédios ao mesmo tempo? 

 

Pé na Rua  2ª Temporada
Episódio 38 - "Diga Aí" Poliamor.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Viva todo o seu mundo...


“Lembre-se que a vida é única e que estamos aqui para sermos felizes de verdade . Não se acostume com o que não lhe faz bem , tudo pode mudar pra melhor. Ouse e conquiste.” (Silvia Malumud)

Bom feriado a todos!
André Alves

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Hedwig and the Angry Inch


Hedwig and The Angry Inch é um musical de rock, sobre uma fictícia banda de rock and roll, liderada por Hedwig, um alemão oriental transgênero. O texto é de John Cameron Mitchell. As músicas e as letras são de Stephen Trask . O musical estreou em 1998 e tem sido realizado em todo o mundo em centenas de produções teatrais. Aqui no Brasil foi lançado como 'Hedwing - Rock, Amor e Traição.

A música do vídeo é 'Origin of Love', sua natureza religiosa tem inspiração da obra 'Simpósio' de Platão, onde na fala de Aristófanes, explica que nós, seres humanos, éramos redondos, grandes, duas caras, quatro pernas e quatro braços. Cada ser foi dividido em dois pelos deuses, os quais, haviam se enfurecidos por causa de nossa rebeldia e independência. Os seres que resultaram dessa divisão somos nós; uma cabeça, dois braços e duas pernas. Dessa forma o ser humano tende a suportar uma busca eterna para encontrar a outra metade de si original.

O musical trata de destruir os mitos que nos guiam, particularmente aqueles relacionados ao amor. Na cultura ocidental, fomos educados de que o amor é destinado a uma só pessoa e que estamos constantemente em busca de nossa "outra metade". Isto é reforçado ainda pelas idéias judaico-cristã de céu x inferno, masculino x feminino e certo x errado, sobre a ótica do pecado. Os seres humanos devem escolher um lado e esperar por um outro para completar o que nos falta.
No video abaixo, Midnigth Radio,
o personagem Hedwig, está dizendo que já está completo por si mesmo. "...know that you're whole" "Saiba que você é completo". É o desfecho da primeira música, quando as duas metades se unem novamente, recriando um novo ser. 
O filme quebra vários tabus, além de ser uma verdadeira lição de amor próprio e amizade.
Vale a pena conferir!
Abraço a todos!
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"Não acredito em pessoas se completam. Acredito em pessoas que se somam"
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domingo, 3 de julho de 2011

Algumas considerações sobre o amor...

Há alguns dias ao ver a novela ‘Cordel Encantado’ na rede Globo, me deparei com a cena do personagem Farid (Mouhamed Harfouch), na qual ele se encontra desesperado, pois, mantém um relacionamento amoroso com três mulheres: Neusa (Heloísa Perissé), Penélope (Paula Bulamarqui) e Bartira, personagem de Andréia Horta. A vida de Farid é um inteso jogo de cintura pra contornar as complicações de conciliar três relacões de forma secreta. Farid jura que ama de forma igual cada uma delas e que não saberia viver sem seus amores.
A novela mostra de maneira lúdica um assunto que muitas vezes é deixado de lado nas relações, mas, que atinge números muitos altos segundo algumas pesquisas. Trata-se da infidelidade nos relacionamentos amorosos e do impacto que a descoberta causa aos envolvidos. Quem acompanha a trama, percebe que o personagem de Mouhamed realmente ama suas mulheres e sofre pela situação, por não querer magoar nenhuma delas.
Segundo Regina Navarro Lins, autora do Best Seller ‘A Cama na Varanda’ publicado inicialmente em 1997 e relançado em 2005, “Numa relação amorosa estável, as cobranças de fidelidade são constantes e sua aceitação é natural. Com toda a vigilância que os casais se impõem, ficam impedidos de vivenciar experiências ricas e reveladoras que outros parceiros podem proporcionar. O conflito entre o desejo e o medo de transgredir é doloroso.”
As restrições que muitas pessoas têm o hábito de se impor por causa dos outros ameaçam bem mais uma relação do que uma "infidelidade". A música ‘Medo da Chuva’ de Raul Seixas aborda bem esse tema no momento em que seu ‘eu lírico’ lastima as restrições imposta por ele próprio, para sustentar seu relacionamento: “Porque quando eu jurei meu amor/ Eu traí a mim mesmo, hoje eu sei/ Que ninguém nesse mundo/ É feliz tendo amado uma vez...”
Voltando a nosso anti-herói, Farid se encontra em um eterno dilema: escolher uma de suas mulheres para viver ou ficar com as três de forma secreta. Na primeira escolha ele estará sendo desonesto com ele mesmo, traindo sua personalidade, lhe impondo restrições aos seus desejos por causa da mulher escolhida. No segundo caso ele estará mentindo para as pessoas que ele deveria ser o mais honesto possível, que são os seus amores.
O sentimento mais importante em qualquer relação é a sinceridade, ser sincero com você mesmo e com o outro. Contar sobre o desejo e a necessidade de realizá-lo é um ato de respeito à liberdade alheia, dessa forma damos o direito ao outro de permanecer ou não no relacionamento. Ninguém é obrigado e nem quer viver enganado. “somos responsáveis tanto pelo exercício de nossa liberdade quanto por permitir ao outro o exercício de escolha e da sua própria liberdade.”
Jean-Paul Sartre, filósofo e escritor defensor do existencialismo, em relação a sua companheira, Simone de Beauvoir, imortalizou a seguinte frase: "Entre nós, trata-se de um amor necessário: convém que conheçamos também amores contingentes." Trata-se da afirmação de que ninguém pode complementar todas as necessidades de outra pessoa por ela mesma. Somos seres imperfeitos com os mais diversos defeitos e qualidades. Às vezes nosso maior defeito apontado pelos outros pode ser nossa maior qualidade e algumas de nossas qualidades chegam a ser insuportáveis. Não se deve idealizar a pessoa amada e esperar que ela lhe complete plenamente. Deve-se apenas amar de forma honesta e real, sem esperar que o outro lhe complete de todas as formas possíveis.
Amor necessário é o amor que mantém a verdadeira essência da vida a dois. Uma relação onde todos se nutrem mutuamente desse processo para o ser desenvolvimento individual como pessoa. Nesse caso a presença da pessoa amada é indispensável para o crescimento e a felicidade de ambos. O amor necessário pode ser um casamento, um namoro ou uma amizade. O principal ponto é que seja uma relação, onde ambos buscam a felicidade e a felicidade da pessoa amada.
Amores contingentes estão intimamente ligados à descoberta do novo, o desejo e a necessidade que o ser humano possui em vivenciar emoções fortes e intensas. Não é o mesmo que uma relação aberta, que implica, apenas, encontros casuais fora do casamento, nem na infidelidade, que é secreta e sinônimo de desonestidade. As pessoas se permitem manter relações profundas e duradouras com outras pessoas, baseando-se no companheirismo, na amizade e amor.
Amores contingentes podem fortalecer ainda mais as relações de amor necessário. Amores contingentes podem se tornar amores necessários e coexistir em uma mesma relação.
O principal erro de Farid, em Cordel Encantado, é a sua falta de sinceridade com suas mulheres. Omitindo a existência de outras, ele alimenta cada vez mais seu sentimento egoísta, onde se preocupa apenas com sua felicidade negando o direito de que elas escolham permanecer ou não na relação.
No fim das contas, torço por um final feliz para o quarteto. Talvez entre mais alguém pra equilibrar o time.


"Amor não é se envolver com a "pessoa perfeita", aquela dos nossos sonhos. Não existem príncipes nem princesas. Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos. O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser."
(Mário Quintana).

Por André Alves.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Pequenas coisas que amamos delas...

Inteligência;
Atitude;
Sardinhas no rosto;
Pele macia;
Baton clarinho;




O jeito como elas sorriem;
Quando sorriem com o olhar;
Quando alguns assuntos as deixam vermelhas;


O jeito como andam descalças na ponta do pé quando o chão está frio;
Pés bonitos;
Barulho do salto;
Sandália rasteira;




Elas tomando Sorvete;
Elas lambendo os dedos depois de comerem uma coisa muito gostosa;
A cara de felicidade quando comem um chocolate;
Quando elas mordem a pontinha dos óculos;




Tentando disfarçar os cabelos bagunçados;
A forma na qual o cabelo cai no rosto.
Cabelos molhados;
Cabelo cheiroso;
Elas mexendo no cabelo;
Rabo de cavalo;

Quando elas ficam com frio e usam nossa jaqueta;
Vestido comprido e pés descalços;




Quando elas cantam no banheiro;
Elas passando do banheiro pro quarto pra se arrumar;
O cheiro delicioso que deixam na casa depois do banho;






Quando elas andam pela casa só de calcinha;
Elas usando nossa camisa e mais nada;
Quando elas não usam maquiagem;
Quando se maquiam divinamente;
Quando elas, de vestido ou saia, se esticam pra pegar alguma coisa  no alto;
Covinha nas costas





Jeans e blusinha branca;
Um belo par de seios;
Um decote bem utilizado;
Blusa que deixa um ombro de fora;
Blusa sem sutiã;







Sentir todo o corpo delas quando dormimos de conchinha.
O rosto delas visto de cima quando dormem no nosso peito;
Quando elas acordam e se espreguiçam gostosamente;
O jeito como acordam de cabelo bagunçado e pijama velhinho;

Quando elas sentam no nosso colo pra dar um beijo;
O jeito delas de se preocuparem com a gente;
A manha que elas fazem quando chega a hora de nos separarmos;
Quando elas pedem pra ficarmos só mais pouquinho.

(Autor desconhecido)



sexta-feira, 22 de abril de 2011

Como está sua Aquarela?

Esses dias comprei para minha filha o dvd "Toquinho no Mundo da Criança" e entre as animações do repertório, está Aquarela, ganhadora do Liv Ullman Peace Prize Award 2003.
Lembro que ouvi essa música pela primeira vez no comercial da Faber Castell. Naquela época via a animação com olhos de criança, uma agradável melodia em meio a desenhos singelos.
Hoje ao assistir a versão do dvd, com animações de Andrés Lieban, percebo que muito mais do que um belo poema, Aquarela é um convite às nossas lembranças mais nostálgicas .
Acho que a música representa o ciclo da nossa vida, da infância a vida adulta com os prazeres e conflitos de cada fase, até o momento em que ela 'descolorirá'.
É importante fazer valer a pena cada segundo, para que com o passar do tempo, quando a tinta já estiver bem clarinha, possamos olhar pra trás e contemplar como tão bela foi nossa AQUARELA.

Uma feliz páscoa a todos!!!
André Alves

sábado, 29 de janeiro de 2011

Cheios de conhecimento, e vazios de inteligência

Todo mês de janeiro é a mesma coisa. Mal começou a nova edição do Big Brother e já surgem centenas de críticos, 'pseudos-intelectuais', a desdenhar sobre o tema em fóruns e Listas de discussões.

Esta semana recebi de vários colegas, um email com o título: "Luiz Fernando Veríssimo - BBB - Vale a pena ler!"
Após a leitura decidi escrever algumas palavras...
Concordo que o programa não é lá grande coisa, mas o que me deixa indignado é a falta de personalidade de quem escreve um texto chulo desse: machista, homofóbico, falso-moralista, cheio de demagogia e ainda tem a Petulância de atirbuí-lo ao L. F. Veríssimo
Tenho certeza que Luiz Fernando Veríssimo não teria a capacidade para tal proeza...
Não quero defender o programa, mas, se vamos fazer uma crítica, precisamos entender o que estamos analisando.
Acho que grande parte das pessoas tem uma necessidade natural para voyeurismo. Não bastasse assistir um grupo de pessoas confinadas em um ambiente propício aos relacionamentos afetivos, com lazer gratuito, conforto, festas e boa comida. A necessidade de acompanhar a vida alheia surge espontaneamente naquela velha fofoca no ambiente de trabalho, no condomínio, na faculdade etc.
- Quem ficou com quem?
- Com que ela está saindo?
- Soubesse da última do André?
Saber o que se passa na vida de outras pessoas é motivo de grande satisfação para alguns e chega a ser a razão de viver para muitos. Junte isso à escassez de programas bons nos canais abertos, o preço salgado de uma TV por assinatura e principalmente a falta de educação da população brasileira. Bingo! Encontramos a explicação para o sucesso do programa.
É muito fácil escrever um texto mandando as pessoas desligarem a tv e ir ler um livro.
- Acho mais fácil elas esperarem o Big Brother acabar primeiro.
O Brasil é um pais onde o acesso a informação e a leitura é elitizado. Comprar um livro aqui custa, em média, 50% mais caro do que em outros países com índices de analfabetismo menores que o nosso. As escolas que são peças fundamentais nesse processo de formação do gosto pela leitura, acabam fazendo o papel inverso, por causa do modelo educacional adotado.
Grande parte das crianças do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, não compreendem os livros paradidáticos que lhes são indicados e lêem porque são obrigadas.
O prazer pela leitura é algo que se adquire com o tempo. Não é empurrando um José de Alencar ou Machado de Assis, goela a baixo, que um adolescente vai se tornar um leitor apaixonado. A obrigação faz a leitura ficar chata e cansativa e vai bloqueando aos poucos o hábito de ler, deixando o livro em grande desvantagem frente a televisão.
Surpreendente é que grande parte dessas pessoas que falam cobras e lagartos do BBB, sabem com maestria todos os detalhes das últimas temporadas. Não adianta sair por aí criticando, se vira e mexe damos aquela velha espiadinha.
Relaxem pessoas! Já que nosso estado não garante o pão. Vamos nos contentando com o circo.
Não precisamos colocar fogo no picadeiro. Quem sabe um dia não trocaremos o circo pelo teatro?
Até lá... "Salve! Salve!" Como diz o Bial.


André Alves
Abraço a todos!!!!

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"As pessoas estão cheias de conhecimento, e vazias de inteligência" (Franklin Mano)
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domingo, 24 de outubro de 2010

O Mito do amor romântico...

Tristão e Isolda é uma lenda que ficou muito em evidência na Idade Média, tornando-se um mito. Trata-se de uma das mais belas epopéias de amor que já foi escrita.
Tristão de Leónis, cavaleiro da távola redonda, foi encarregado de ir à Irlanda a pedido do seu tio Marcus, rei de Cornualha, para buscar sua noiva, a princesa Isolda.
Acidentalmente, durante a viagem de volta a Grã-Bretanha, eles bebem uma porção, que desperta em seus corações uma paixão irresistível e eterna. Chegando a corte, Isolda e Marcus se casam, no entanto, Tristão mantém um romance com a mulher de seu tio. Por causa desse envolvimento com Isolda, que feria todas as regras da moralidade religiosa e escandalizava a todos, Tristão acaba sendo banido do reino e casa-se com outra mulher, mas nunca em seu coração deixou de amar Isolda.
Depois de ter deixado o reino, Tristão vive muitas aventuras heróicas e em uma delas é mortalmente ferido. Deitado em seu leito de morte, pede que chamem Isolda, pois, seria a única capaz de curá-lo. A esposa de Tristão o engana dizendo que Isolda não poderá vir ao seu encontro. Em virtude desse equívoco, Tristão morre ao julgar-se abandonado por sua amada, que chega e ao ver o seu amor morto, morre também de tristeza.
Existem várias interpretações para esse mito, acredito que contextualizando aos dias atuais fica mais fácil compreender a dimensão da obra.
Tristão e Isolda estavam unidos de fato, mas só ficaram de direito, quando de suas mortes. Entender que Isolda morreu pra ficar com Tristão, no entanto, me parece muito pequeno.
O papel das narrativas míticas nos dias atuais é de elevarmos a condição humana à condição ideal dos mitos, como uma espécie de Ceteris Paribus (expressão muito usada na faculdade de economia). Nesse sentido temos uma forma do que seria o 'amor ideal', livre das convenções socialmente aceitas, sem preconceitos ou egoísmos e com base na sinceridade, onde as ações de cada indivíduo beneficiariam o outro.
A esposa de Tristão, por sua vez, representa a sociedade nada altruísta, onde as necessidades individuais falam mais alto que a própria razão. Esta preferiu ver seu marido morto a tê-lo nos braços de Isolda. Temos então uma concepção platônica, onde o mundo concreto é uma mera reprodução do mundo das idéias. Concretamente a esposa de Tristão o amava e não queria que ele morresse e no exercício de seu romantismo, acabou tomando a decisão que julgava certa e coerente, entretanto, foi incapaz de ver além de suas escolhas.
Jean-Paul Sartre em sua obra escreveu que nossas escolhas são reflexo daquilo que nos é apresentado como 'o bem' e as conseqüências dessas escolhas estão sujeitas às nossas limitações humanas.
Uma boa definição sobre o amor foi escrita por uma colega de blog - Lari Galvão: "... O amor é o princípio, é o êxtase, é a eliminação do ego, é quando você enxerga o outro não como um jogador. É quando você começa a olhar junto pras mesmas coisas... O amor é a primeira coisa . É o começo do resto."




Uma boa semana a todos!!!
André Alves de Lima

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Resposta a um pedido de voto para o PT, PCdoB e PSB.

"O futuro governo Dilma será tão mais de esquerda quanto maior a
força dos partidos de esquerda na sociedade, que é refletido em boa parte no número
de cadeiras nos parlamentos."
(Eziel Inocêncio)

O "futuro" governo de Dilma não será de modo algum de esquerda, da mesma forma que o governo do PT nestes 8 anos também não foi.
Ao apostar numa ação menos interventiva do Estado e implementar uma política assistencialista ao mesmo tempo. O PT caminha para a Social Democracia.
A social democracia é parte fundamental para o desenvolvimento do capitalismo e da exploração dos trabalhadores. Fazem pequenas concessões ao trabalhador e oferecem grandes vantagens aos grandes empresários e ao capital financeiro.
Históricamente a social democracia teve origem de uma visão estreita do marxismo o "socialismo-democrático". Partidos que se incomodavam com os avanços das idéias de Marx, no final do século XIX, abadonaram essa visão política por uma forma mais branda de governo, forma essa que favorecia a manutenção do sistema, as custas de grandes sacríficios para a população.
O que os distingue o PT dos Partidos Liberais hoje é sobretudo suas preocupações de natureza social, as quais não obtiveram avanços significativos, quando comparado ao avanço de outros setores da sociedade ligados a classe dominante e os setores de direita durante esses oitos anos de governo.
O PT nem de longe chegou perto dos 10 milhões de empregos prometidos na 1ª campanha., porém, o valor arrecadado de impostos somado ao lucro das grandes empresas brasileiras seria suficiente para acabar com esse problema.
É bom sempre lembrarmos o significado da sigla PSDB: "Partido da Social Democracia Brasileira".
Um abraço a todos!!
(Texto de André Alves)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O significado da candidatura de Marina...

Marina, dona de uma trajetória de luta na floresta, ainda com Chico Mendes. É tida como honesta, íntegra. É mulher e disputa a Presidência, universo de ampla maioria masculina.
Possui ainda história de vida semelhante à de Lula: filha de retirantes, nascida no seringal no Acre, de infância pobre. Também de sobrenome “Silva”, como Lula gosta de realçar.
É provável que muitos trabalhadores olhem com expectativa para a ex-ministra. Que se agarrem a sua biografia, ignorando o restante.
Há enormes contradições, a começar pelo PV. O partido usa a defesa do meio ambiente para apresentar-se acima das classes, imune aos podres poderes da espécie humana. Todo partido está a serviço de uma das classes sociais. E o PV está longe de ser um partido operário, de trabalhadores. É um partido burguês, que em cada estado serve a outro partido maior, como se fosse uma legenda de aluguel. E tem em sua direção Zequinha Sarney, filho do ex-presidente do Senado, uma ligação direta com o mais repudiado político brasileiro e um dos grandes representantes ruralistas brasileiros. Na Bahia, está com o PT. É aliado ao DEM, com Kassab, e ao PSDB, nos governos de Serra e Aécio.
A imagem de Marina ao deixar o governo foi de alguém coerente, que não aceitou acordos com os que destroem a natureza. Mas não foi isso. Ela foi ministra durante as maiores agressões ao meio ambiente. O Brasil liberou os transgênicos e aprovou a transposição do rio São Francisco, o que nenhum governo de direita tinha conseguido. Permitiu usinas no rio Madeira. O desmatamento na Amazônia foi recorde, com ampliação da soja e do gado. As florestas foram privatizadas. Esses ataques à ecologia foram justificados e legitimados sob a tese do “governo em disputa”.
Não havia disputa. Ao permanecer como ministra, desde 2002, Marina prestou um papel lamentável – emprestou sua biografia, seu prestígio internacional a um governo que sempre esteve ao lado do agronegócio. Seu balanço foi o de ter participado de ataques históricos ao meio ambiente e de um governo que destruiu a Amazônia como poucos. Ao ter permanecido tanto tempo, tornou-se cúmplice.
A atuação de Marina como ministra foi consequência de uma tese, a do desenvolvimento sustentável. Supõe um modelo onde as empresas respeitem os limites da natureza. Significa, na prática, limitar os lucros. Essa tese foi o carro-chefe de Lula. Eleito, prevaleceram os interesses das empresas.
A natureza do capitalismo, do lucro, se acentua na crise econômica. Da mesma forma que as empresas aumentaram a exploração para manter a taxa de lucro, também aceleram a destruição da natureza.
Há outras razões que tornam ainda mais utópica essa defesa – a forte presença das multinacionais e a dependência da economia brasileira. Essa é também a causa da pressa nas licenças das obras do PAC.
A defesa do mesmo programa do PT e do governo Lula, apostando na boa fé capitalista, levará a derrotas. Insistir nessa tese é enganar os trabalhadores. Os que falavam em ética hoje defendem Sarney como “mal menor”. Os que erguiam bandeiras ecológicas são os pragmáticos de hoje.

OUTRO PONTO IMPORTANTE

O tabuleiro das eleições de 2010 se alterou drasticamente, com o convite do Partido Verde (PV) à ex-ministra Marina Silva para disputar a Presidência da República. O PT e o governo reagiram rapidamente. Senadores petistas tentaram fazer com que ela permanecesse no partido, sem sucesso. Em pouco tempo, todos já davam como certa sua candidatura a presidente. A novidade altera a eleição, polarizada entre José Serra (PSDB), pela oposição de direita, e Dilma Rousseff, como herdeira de Lula.
Com uma trajetória de esquerda e defendendo a causa ambiental, Marina ocupa um espaço decisivo. O PV estima obter ao menos 10% dos votos, grande parte no eleitorado de esquerda. Entre os que se desapontaram com Lula e os que apoiam o governo. Assim, a candidatura é um obstáculo para Dilma e um presente para a oposição de direita. O certo é que sua entrada contribui para garantir ao tucano um segundo turno. O PSDB agradece.
Há antecedentes na manobra tucana. Nas eleições municipais no Rio e em São Paulo, candidaturas “alternativas” foram impulsionadas diretamente pelo PSDB. Em comum, posições ou trajetórias de esquerda, um perfil ético e independente, desvinculado de políticos tradicionais. Ocuparam espaço entre setores desiludidos com a política. Pela internet, conquistaram segmentos da juventude que provavelmente ignorariam a eleição.
Em São Paulo, a vereadora Soninha Francine deixou o PT e se lançou pelo PPS. Com posições avançadas sobre drogas e aborto, retirou votos de Marta Suplicy (PT), derrotada por Gilberto Kassab (DEM). Admiradora de Serra, Soninha obteve 4% dos votos válidos. Em São Paulo, Soninha integra a coalizão DEM-PSDB em uma subprefeitura.
Mas foi no Rio onde a fórmula tucana teve mais sucesso. Fernando Gabeira (PV) polarizou a cidade. Nem mesmo a coalizão com o PPS e o PSDB e o apoio do DEM no segundo turno impediram que fosse visto como representante “da esquerda”. Por muito pouco não derrotou Eduardo Paes (PMDB), apoiado por Lula.
A trajetória de Gabeira confunde. Ex-guerrilheiro, fundador do PV, ex-petista, famoso por “ousadias” de comportamento e política, cultiva uma imagem de independência, que se encaixa como luva na estratégia tucana. É como se flutuasse acima das estruturas dos partidos, sem se submeter aos caciques ou aos que financiam as candidaturas. Ilusão. Candidato ao governo do Rio, está com Serra, mesmo com Marina candidata pelo PV. É o preço do apoio tucano.

Contribuição de Gustavo Sixel

domingo, 11 de abril de 2010

"De Olhos Bem Fechados..."

O Filme de Stanley Kubrick é uma adaptação do romance "Traumnovelle", escrito por Arthur Schnitzler, na Viena do século dezoito. A adaptação de Kubrick trouxe a história para a Nova York de hoje, pois a temática do filme ainda é bastante atual - o casamento, a fidelidade e as diferenças na maneira com que homem e mulher lidam com suas sexualidades.
A associação entre amor e casamento é uma invenção recente, vinculada ao ideal de amor romântico que floresceu e tomou força no século XVIII. O casamento, anteriormente, era vinculado a aspectos econômicos. Assim como a fidelidade, que era instituída para garantir que os bens acumulados durante a vida dos indivíduos fossem herdados pelos seus que os bens acumulados durante a vida dos indivíduos fossem herdados pelos seus herdeiros.
O amor como finalidade do casamento é invenção bastante recente. De modo que aquelas famosas obrigações matrimoniais cuja tirania hoje rejeitamos, não eram vividas como tais antigamente. Elas eram interiorizadas, assumidas e principalmente legitimadas pelas representações coletivas da época.
Essa relação econômica que se estabelecia entre os cônjuges proporcionava uma estabilidade grande ao casamento. Em grande parte dos casos o amor e o prazer sexual eram vivenciados for a dessa relação.
O filme aborda a cisão da identidade feminina em dois papéis sociais: a mulher assexuada, que deve ser mostrada socialmente (esposa), e a mulher sexuada, que deve ser escondida (amante). A apresentação de uma mulher que exerce os dois papéis sociais causa estranhamento no marido e contribui decisivamente para a quebra da ilusão, sendo o trampolim inicial para o reconhecimento do desejo dos cônjuges por outras pessoas.
Mas é a fidelidade o tema central do filme - lembrando que no filme a senha da orgia é "Fidelio", que vem do latim, fidele, e significa fiel. O enredo retrata a destruição de uma ilusão - o ideal de amor romântico que faz com que as pessoas se casem na ilusão de poder, metaforicamente, possuir o outro, completar o outro -, a ilusão de um amor exclusivo e eterno até nos desejos. O motivo da fidelidade no amor romântico residiria na falta de desejo de se relacionar com uma terceira pessoa. O título do filme retrata esta ilusão: estar de olhos bem fechados se refere a estar iludido. É um momento de crise do casal, que no qual eles têm consciência de que não podem desejar exclusivamente o outro, que existem outros desejos e que, mesmo assim, podem continuar juntos. Um momento de reflexão ante o padoxo casal-indivíduo.


"A temática do filme é tão atual porque o padrão de relacionamento que ele retrata ainda se repete hoje, ou seja, os relacionamentos ainda se baseiam no ideal de amor romântico, no qual a fidelidade é preservada por meio de uma ilusão - a de que não existe o desejo por
outras pessoas - além de retratar uma mulher diferente do conceito social do século XIX, o qual, ainda hoje, influencia as relações entre homens e mulheres."

Ana Bárbará Neves


sábado, 20 de fevereiro de 2010

domingo, 31 de janeiro de 2010

Somos todos iguais.

Eu não distingo cores, adoro o arco-íris. Não sei o que é homem nem mulher, nem qual o sexo fraco... só conheço o Ser Humano. Nunca vi brancos nem pretos, amarelos ou vermelhos... vejo outras culturas e outros povos. Não acredito em heterossexualidade, bissexualidade e homossexualidade... acredito apenas na sexualidade. Não sou Budista nem Cristão, nem tenho Alá no coração... mas tenho FÉ!



[Comunidade no orkut]

Um abraço a todos!!!
André Alves

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O homem e as baratas...

Tudo começou na aula de Biologia Geral na UFPB...
Questão: "De acordo com os seus conhecimentos sobre evolução, explique por que razão não se pode afirmar que o ser humano é mais evoluído que uma barata, por exemplo?" Confesso que essa pergunta me deixou com uma pulga atrás da orelha. O fato da questão deixar claro que “não podemos afirmar que o ser humano é mais evoluído que uma barata” me deixou bastante intrigado:
Como não? O ser humano é um ser inteligente e racional, capaz de modificar o ambiente em sua volta, de descobrir novos lugares, de criar as mais belas obras de arte, música e arquiteturas, poesia etc.
De acordo com a 1ª Lei de Lamarck: “Os organismos desenvolvem seus órgãos segundo suas necessidades a fim de estabelecer uma relação harmoniosa com o meio ambiente.” Embora, Lamarck tenha cometido um erro ao acreditar que esse desenvolvimento ocorresse também com os órgãos internos, me atrevo a aprofundar essa discussão.
Estamos em constante evolução e apesar de termos as mesmas características biofísicas de milhares de anos, temos algo que evolui a cada dia numa velocidade alucinante que é a nossa mente. O acesso a informação faz com que as crianças aprendam a ler cada vez mais cedo, o acesso a tecnologia também começa mais cedo. Se isso é bom ou ruim é assunto pra outro debate, mas é fato que o homem de hoje é mais evoluído que o homem de ontem.
A teoria de Darwin considera que o ambiente faz uma escolha dos indivíduos, tal como o homem faz na domesticação. Essa afirmação por si, já coloca o homem como um ser mais evoluído que os outros animais. Além de interagir com o meio em que vive, o ser humano é capaz de domesticar outros seres, cultivar novas espécies, combiná-las entre si, fazer melhoramentos genéticos entre outras coisas que o deixam em uma posição privilegiada em relação a outros seres. (uma barata, por exemplo!)
As baratas, por sua vez, possuem todas as características necessárias pra sobreviver como baratas: patas, asas e uma tremenda resistência que a ajuda a sobreviver nos ambientes mais hostis.
Acho que a pergunta trata da evolução de forma individual a cada espécie. Não há como comparar uma barata com um homem, porém em se tratando da teoria da evolução das espécie, ambos estão em seu mais elevado grau de evolutivo. Cada um com suas particularidades evoluíram durante o tempo até se tornarem o que são hoje: homens e baratas.


Um abraço a todos!
André Alves
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domingo, 28 de setembro de 2008

Os Mitos e os dias atuais...

Pergunta na aula de Filosofia:

1. A narrativa grega, apesar de fantasiosa, é impregnada de sabedoria e conhecimento das paixões humanas, dos problemas existenciais e da sociedade de leis que possibilitem a vida em comum. Essa perspectiva é válida para a nossa época?
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Assim como os homens, o herói Ulisses deve vencer as tentações que aparecem em seu caminho. A deusa Circe alerta-o:

"Primeiro, encontrarás as duas Sereias; elas fascinam todos os homens que se aproximam. Se alguém, por ignorância, se avizinha e escuta a voz das Sereias, adeus regresso! Não tornará a ver a esposa e os filhos inocentes sentados alegres a seu lado, porque, com seu canto melodioso, elas o fascinam, sentadas na campina, em meio a montões de ossos de corpos em decomposição, cobertos de peles amarfanhadas.”
(A Odisséia de Homero)
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É tudo uma questão de escolha. A vida toda estamos fazendo escolhas que vão decidir todo o nosso futuro. Cada caminho percorrido reflete milhares de possibilidades ainda desconhecidas, quê nos levará a outros caminhos e a outras novas possibilidades.
Por ser desconhecido, passamos a vida especulando sobre quais caminhos seguir. Qual o mais vantajoso, em qual seremos mais feliz. Especulamos na hora de escolher um curso, a faculdade, a namorada, o filme que veremos no cinema ou o melhor trajeto a seguir.
Tudo reflete os nossos desejos e anseios. Tudo reflexo de nossas idealizações como ser humano. Apenas mais uma de várias possibilidades "caminhos" que poderíamos ter percorrido. Um longo abismo entre o ser ideal e o concreto.
Circe alertou Ulisses sobre um possível caminho errado, que traria grandes prejuízos em sua odisséia. Nos dias de hoje sua voz ainda ecoa em nossos ouvidos tentando nos alertar de alguns caminhos sem volta que poderíamos tomar: drogas, crimes, etc.
Entretanto, levanto uma questão: - Seria melhor para Ulisses se a deusa tivesse dito apenas o caminho que ele deveria segui para encontrar sua amada, ao invés de mostrar apenas o caminho que ele não deveria ir?
Fazendo isso a deusa alerta de um perigo e deixa com Ulisses todas as suas possibilidades e caminhos que ele, com sua consciência e seu coração, entenderia como o correto caminho a seguir.

Um abraço a todos!!!
André Alves




sábado, 21 de junho de 2008

Amigos são árvores...

Passei esta última semana em Natal – RN, fazendo um curso de estratégica negocial do Banco do Brasil. Nem preciso dizer que quando fiquei sabendo que o curso seria em Natal, fiquei por conta muito feliz. Afinal o Estado do Rio Grande do Norte sempre foi alvo de minhas admirações: Baia Formosa, Pipa e agora Natal.
Mas o motivo principal de me sentar diante do computador neste momento é pra falar em especial às grandes amizades que fiz nesta semana e que permanecerão para sempre.
Já fiz vários cursos presenciais em cidades diferentes e em cada um conhecemos gente nova, compartilhamos alguns bons momentos, nos divertimos e aprendemos bastante.
O que me chamou a atenção é que neste último curso foi onde encontrei as pessoas mais sinceras, divertidas e unidas de todas as outras turmas anteriores que já participei. Cada minuto foi realmente marcante.
Cada um do seu jeito, com sua personalidade contribuiu de forma espetacular pra o êxito comum. Alguns mais espontâneos outros mais tímidos, uns mais sérios, outros brincalhões, alguns eram verdadeiros artistas, atores, poetas...
Ontem, já no ônibus, quando retornava à João Pessoa, enquanto lembrava alguns momentos da semana. Passou pela cabeça que será muito difícil reunir todos novamente, afinal são vindas e vidas, caminhos diferentes, realidades e histórias também diferentes.
O importante é saber que sim, podemos fazer dessa convivência uma semente plantada e não uma amizade de contrato, com data e hora de vigência. Pois, a maior árvore que nossos olhos já viram e que nossa mente possa imaginar, um dia foi apenas uma pequena semente plantada. E pra plantar uma semente não é necessário muito tempo, basta levá-la ao solo e regá-la sempre.
Quem sabe de uma simples conversa no ônibus não cresce uma grande amizade? Espero que sim.

Um grande abraço a todas as futuras árvores:


Aguinaldo, Ana Claudia, Alessandro, Arthur, Augusto, Bruno, Carlos, Diego, Érik, Eduardo, Ezequiel, Juciano, Klidson, Luiza, Marconi, Marcus, Marcos, Paulo, Ranielle, Robson, Suelane, Sylvânia, Vanessa,
e Nara.

André

Sucesso

Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência. Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser nem um grande bandido, nem um grande canalha. Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro. E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar.
E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma. A propósito disso, lembro-me uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo." E ela responde: "Eu também não, meu filho".
Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar em realizar tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna. Meu segundo conselho: pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres vivem como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega viver como homens. Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguassu. Que era ficção, mas hoje é realidade, na pessoa de Geraldo Bulhões, Denilma e Rosângela, sua concubina. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laudiceia. É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo, ao vazio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso.
Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido. Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.
Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não use “Rider”, não dê férias a seus pés. Não sente-se e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: eu não lhe disse!, eu sabia!
Toda família tem um tio batalhador e bem de vida. E, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa.
Chega dos poetas não publicados. Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansear, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar. Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 12, de 12 às 8 e mais se for preciso. Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios.
O Brasil, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito que aprender com aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses que trabalham de sol a sol construíram, em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta.Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do trabalho. Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão.
E isso se chama sucesso.


(Discurso do publicitário Nizan Guanaes na formatura da FAAP)
Abraço a todos!!!
André



quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Pobre Natal...

"Não existe o Natal ideal, só o Natal que você decida criar como reflexo de seus valores, desejos, e tradições."
(Bill McKibben)
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Há hoje um conceito de pobreza muito mais vasto, diferente de outros tempos quando era associada apenas à deficiente condição de alguém obter rendimento suficiente e na mesma proporção consumir. E nesta perspectiva era definida a pobreza em termos absolutos, a partir de um rendimento mínimo, sendo pobres as pessoas que se encontrassem abaixo daquele valor.
Contudo, os contornos da pobreza estendem-se hoje, para além da fome, pela pobreza cultural, ambiental, política etc. No fundo a pobreza é hoje a dificuldade de vencer a barreira que num primeiro estádio cai numa penúria alimentar, arrastando as suas vítimas e por vezes os descendentes numa carência cultural, privando-os do acesso à educação escolar, atirando-os para a exclusão social, tornando-os marginais do bem-estar e da dignidade. Não basta apenas sopa aos pobres.
Num Mundo onde em cada cinco segundos morre uma criança com fome. Onde um terço da população vive com um dollar por dia. Onde mais de 1.300 milhões de pessoas vivem abaixo do limiar da pobreza. Onde cinco milhões de crianças morrem com doenças curáveis com uma vacina… falar de exclusão social e pobreza não é referir-se apenas ao conjunto dos países do chamado 3.º Mundo, mas sim a um conjunto de pessoas que, em países desenvolvidos ou subdesenvolvidos, precisam que se lhes seja feita justiça. Durante muito tempo a caridade foi a única forma de lidar com os pobres. Agora, é fundamental pôr a justiça acima da caridade, se com a caridade não conseguimos resolver os problemas de pobreza, estamos a ser injustos ao fazer caridade. A solução? Passa, segundo José Ferrer Benimelli, por completar o ditado chinês: "Se vires alguém com fome, não lhe dês de comer, ensina-o a pescar… e já agora compra o peixe que ele pescar." Se assim fosse, não só se evitariam os 842 milhões de pessoas – 300 milhões dos quais são crianças – com fome no Mundo, como também se ajudaria países subdesenvolvidos a transformarem-se em países em desenvolvimento. Não podemos esquecer que todos nós faremos parte da injustiça se permanecermos passivos perante estes dados e a miséria que existe em todo o mundo, ou mesmo ao nosso lado.
Pensemos nisso!
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Um feliz Natal a todos
André

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007


"O sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores."

(Mário Quintana)



quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Sobre as palavras...

"O silêncio é oficina de idéias".

Machado de Assis

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Viver é a finalidade!!


Fazer a mesma coisa todos os dias, faz com que o relógio acelere imperceptivelmente e quando vemos já estamos se aproximando de mais um fim do ano.

Algumas pessoas na busca por um futuro mais equilibrado trabalham demais, estudam demais e vivem de menos. É preciso saber acertar na dose. É muito importante lutar por dias melhores, porém é preciso fazê-lo sem esquecer que a vida é o hoje e o agora.
Conheço algumas pessoas que pararam no tempo, presas em um circulo vicioso de estudo e trabalho, como se isso fosse a finalidade das suas vidas. Enquanto estas pessoas estão paralisadas, a vida está acontecendo e elas estão ficando de fora.
O ponteiro das horas segue sempre em frente. Acompanhá-lo é viver bem. É estar perto dos amigos e das pessoas com quem nos identificamos, é pode viajar ver os familiares, conhecer gente nova, novas culturas, descobrir novas paisagens, sons e sabores...

Trabalho e estudo são apenas os meios. Viver é a finalidade!

"O amor acontece em vidas que se encontram e se apaixonam. Vale a pena amar, viver e ser feliz..." (William Shakespeare)

Um abraço a todos!
André Alves

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Se você fosse um intelectual?

"Não há maior tragédia do que a igual intensidade, na mesma alma ou no mesmo homem, do sentimento intelectual e do sentimento moral. Para que um homem possa ser distintivamente e absolutamente moral, tem que ser um pouco estúpido. Para que um homem possa ser absolutamente intelectual, tem que ser um pouco imoral. Não sei que jogo ou ironia das coisas condena o homem à impossibilidade desta dualidade em grande. Por meu mal, ela dá-se em mim. Assim, por ter duas virtudes, nunca pude fazer nada de mim. Não foi o excesso de uma qualidade, mas o excesso de duas, que me matou para a vida. "
(Fernando Pessoa)
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Se você fosse um intelectual, qual seria a sua maior ambição? Ser eleito para a academia de letras? Ser o mentor de uma grande descoberta científica? Tornar-se um insuperável gênio de uma ciência qualquer ou um filósofo com suas retóricas contundentes e capazes de deixar os medíocres questionando suas vidas até o fim? Como?! Você é um intelectual? Você não é um intelectual nem gostaria de ser? As perguntas que estou fazendo são completamente fora de propósito?! É, talvez não sejam estas as melhores questões para obtermos respostas que atendam às nossas reais expectativas. Será que a verdadeira nata da sabedoria conseguiria conviver com a mediocridade das perguntas do homem comum sem dar sinais de descontentamento? Será que ser nata significa corromper-se espontaneamente em algum momento da vida? Até que ponto as pessoas que estão nessa condição são intocáveis, supremas, et cetera e tal? Existe um pouco de fantasia e muito de realidade nisso tudo. A fantasia, por exemplo, está associada ao fato de transformarmos pessoas de carne e osso em mitos, às vezes respeitando-as como se fossem deuses. A realidade, que considero muito mais chocante, atribui-se a várias conseqüências advindas dessa relação anormal entre as pessoas mais bem dotadas intelectualmente e o cidadão comum, tais como o próprio preconceito e o distanciamento físico do primeiro em relação ao segundo. Por essas e outras é que devemos ficar, no mínimo, apreensivos, pois, na verdade, ninguém é inatingível.

The Return!!!


Depois de algum tempo sem atualizações estou retornando a ativa, agora mais tranquilo do que nunca. As perspectivas são realmente boas.

Novos caminhos, motivaçõs e desafios.
É incrivel como acontecem coisas que mudam completamente o rumo de nossa vida. A promessa de estabilidade financeira é uma delas.

André Alves - (ainda comemorando a aprovação e convocação para o Banco do Brasil)

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Imagem não é nada

Muito se fala hoje das conseqüências do aquecimento global. A vida na terra está por um fio.
Como algo tão importante, só foi percebido agora por nossos líderes?
Está mais do que provado que a vida é um aprendizado, uma grande faculdade de infinitos cursos, os quais, nunca receberemos o diploma na formatura.
Cada dia fica mais claro que conceitos como inteligência, caráter, boa educação e competência, são qualidades que muitas vezes passam despercebidas à quem deveria interessar de fato.
Os nossos atos são como um bumerangue que lançamos. Se o fazemos direito, ele retorna em nossas mãos, se o atiramos a esmo, ele pode acertar nossa cabeça e nos derrubar.
Viver é semear um terreno, onde pequenos grãos se tornam grandes árvores.
O papel dos líderes seja em quaisquer esferas que atuem se resume em três pontos principais: - identificar, motivar e colher os resultados.
Por dezenas de anos os gritos dos ecologistas e ambientalistas foram sufocados pela intensa força da mídia consumista. Hoje os mesmos gritos são bandeira de consumo.
Uma empresa que se preze tem que "respeitar" a natureza e ser contra o aquecimento global.
Mas por que só agora é que se abriram os olhos pra isso?
Estavam os nossos líderes cegos, loucos?
Todo liderado realiza sua tarefa bem melhor, quando recebe um elogio seguido de uma motivação. Fazer com que o liderado se sinta parte do todo é fundamental, diminui o desperdício e aumenta a competitividade. Reconhecer e valorizar os talentos é trazer o adversário para nosso time e fortalecer o alicerce.
Com uma base sólida é que se constrói um andar acima.
Mesmo que as motivações sejam diferentes, combater o aquecimento é uma obrigação de todos.
Todo tijolo bom é indispensável em uma obra. Não utilizá-lo é desperdício... Apenas custo.

Pensemos nisso!


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(Texto de André Alves de lima)
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terça-feira, 15 de maio de 2007

Barriga cheia x Mente vazia

Quando resolvi criar o "Atrás dos Olhos de Quem Ver", não imaginei que tantas pessoas iriam acessar meu site. É incrível como a comunidade bloguista está disponível à leitura.

Em meio a elogios e críticas, comecei a escrever. Em pouco tempo me deparei com um imenso número de leitores, o que me motivou a manter uma rotina de atualização.

- O que faz um texto ser bom?

Para um texto ser bom, ele precisa de temperos. Assim com um prato saboroso, desvendamos todos os ingredientes de uma boa leitura, quando nos deparamos com ela.
A idéia central vem acompanhada de exemplos e citações bem elaboradas, temperada com frases de efeito, pode conter alguns toques de sentimento, ironia ou comédia, levemente recheada com a opinião do autor.
Escrever é isso. É ir ao supermercado da vida comprar todos os ingredientes e preparar aquele jantar especial. Nesse caso o banquete é muito maior, pois, ultrapassa os limites de qualquer alimento. Uma grande ceia alimenta algumas poucas pessoas. Um único texto alimenta centenas de milhares de vidas.
A fome de leitura é tão apavorante quanto a fome que devasta as nações mais pobres do planeta. A fome, tal qual a conhecemos é algo terrível. Calcula-se que mais de 800 milhões de pessoas no mundo sofram com a falta de alimentos e a subnutrição.
Em se tratando da leitura, o problema é ainda maior nos países mais pobres, pois, com a barriga vazia o ser humano não pensa, não fala, não vive e não ler.
A leitura alimenta a alma. A privação mata o ser humano aos poucos. Em silêncio...
A escassez de conhecimentos gera uma sociedade apática, presa em sua própria rotina, o homem passa a trabalhar unicamente pelo dinheiro e pelo sustento, deixando de lado o verdadeiro sentido: - Viver.
O grande diferencial do homem com os demais animais é o trabalho consciente, a capacidade de criar, recriar e modificar o mundo em sua volta. Vivemos rodeados de talentos que ficam só na promessa. Quantos escritores vivem atrás de um balcão de atendimento, apenas pelo fato de não terem criado o hábito de ler e estudar? Quantos, médicos, advogados, investidores, executivos e empresários são jogados ao lixo sem sequer terem percebidos suas verdadeiras vocações?
Longe de ser apenas uma fonte de saber, a leitura diverte, acalma, motiva e emociona.
Quando a sociedade começar a saciar essa fome silenciosa, estará dado o primeiro passo para matar de vez todas as outras fomes do planeta.


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(Texto de André Alves)
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"Os erros fazem parte da vida...
inclusive os de português!"
lelê

sábado, 12 de maio de 2007

Aos leitores...

Olá amigos!!
Apenas dando uma satisfação aos leitores de "Atrás dos Olhos de Quem Ver."
Ultimamente tenho recebido vários e-mails e recados no orkut questionando sobre as atualizações do site.
Estou participando de um novo desafio profissional, o qual, está tomando boa parte de meu tempo para escrever. Agora tenho mais textos em meu bloco de anotações que no computador. Por isso, organizei uma maneira de atualizar o blog semanalmente.
Duas vezes por semana, nas terças e sábados, fico no compromisso de apresentar algo de novo.
Agradeço a totos vocês que dedicam alguns minutos diários à meus textos, bem como a todos os comentários e elogios recebidos.
Um abraço a todos
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André Alves
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"A vida é o que acontece enquanto fazemos planos para o futuro"
John Lennon

terça-feira, 24 de abril de 2007

Atenção! Gravando!

Se a vida fosse um filme... Não seria nenhuma superprodução hollywoodiana. Talvez uma típica comédia romântica, com vários momentos de descontração, com cenas leves, um enredo agradável e alguns poucos conflitos que seriam facilmente superados para alegria de todos.
A vida por mais que tentamos entendê-la, sempre acaba nos ensinando algo de novo, seja no trabalho, na família, escola ou com os amigos. Ela sempre nos prega uma peça, principalmente com aquelas pessoas que já acham que sabem de tudo. Isso, até chegar àquela situação que nos deixa de queixo caído. Nessas horas aprendemos que por mais faculdade que tenhamos, a verdade é que não sabemos de nada. Já disse Sócrates - "Tudo o que sei, é que nada sei"
Quanto mais pessoas conhecemos, maior é o nosso ciclo de possibilidades. Cada pessoa traz com sigo uma história de vida, um roteiro único que está sendo escrito dia após dia.
Em nossos meios de convivência, sempre encontramos alguém com quem nos identificamos bastante e que passa a fazer parte da nossa vida para sempre.
É assim que surgem as amizades: - Nascem onde plantamos, cresce por onde passamos e permanece para sempre presente nos infinitos roteiros da vida.

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(Texto de André Alves de lima)
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sexta-feira, 6 de abril de 2007

Pelos animais...

Vídeo que mostra um pouco da tortura que os animais sofrem,
para satisfazer a alegria dos homens.

domingo, 25 de março de 2007

Minha experiência Buarqueana

Sempre ouvi dizer que Chico Buarque era um gênio. Mas não tinha jeito, suas músicas não entravam em minha vida. Aquela voz cansada, pequena, um tanto roca, com intensa nasalização (quase fanho RS!), - Não descia!

Quando alguém me falava que era fã do Chico, enfaticamente eu dizia: - Ninguém é perfeito!
Confesso que existia um certo preconceito de minha parte. Por não suportar o Chico cantor, demorei muito tempo pra conhecer o Buarque Escritor.
Um mestre com as palavras, “uma cicatriz risonha e corrosiva...” Conhecendo sua obra e história, descobri uma personalidade extraordinária capaz das mais incríveis criações literárias como: Bolero Blues, João e Maria, Valsa Brasileira, A história de Lili Braun, entre outras.
Seus poemas por si só entoam uma perfeita harmonia. Cada palavra e verso, cada ponto e vírgula, estão no seu devido lugar, formando um universo de ritmo que nunca encontrara em lugar algum.
Aos poucos deixei o preconceito musical de lado. Percebi que Chico nunca foi um cantor realmente e sim a poesia viva. Ele está muito além de sua voz pequena e conceitos pré-estabelecidos. Chico está acima disso.
Sua obra não deve ser cantada de outra forma. A perfeita combinação sempre esteve lá: melodia certa, na voz certa, para a letra certa. Algumas vezes essa combinação nasceu da parceria com outros gênios como: Vinícius, Pablo Milanés, Edu Lobo e Sivuca.
Aprofundando o conhecimento à obra buarqueana, fica provado que quem o conhece não deixa de reconhecê-lo.

“Quem te viu Quem te ver...”

Se me perguntam, hoje, se gosto de Chico Buarque, enfaticamente respondo: - Chico é perfeito!


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(Texto de André Alves de lima)
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